quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Em Petrolina, evento promove discussões e mini-cursos voltados para a convivência com o Semiárido



Começou na manhã de ontem (29 de outubro), em Petrolina-Pe,  o SemiáridoShow 2013. O evento que reúne agricultores da região e toda a comunidade interessada por discussões relacionadas aos efeitos da seca no semiárido terá nesta edição o primeiro Seminário “Ações de Enfrentamento aos Efeitos da Seca e as Políticas de Convivência com o Semiárido” com o Secretário de Agricultura, José Aldo dos Santos e está previsto para começar às14h, no auditório da Embrapa Semiárido.
O evento se estende até o dia 1º de novembro e os participantes podem se inscrever em nos mini-cursos que são oferecidos, em média seis por dia que abrangem temáticas voltadas para a convivência com o semiárido.

O chefe adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Semiárido, José Nilton Moreira ressalta que os temas abordados, nos mini-cursos, palestras e exposições são decididos a partir da demanda e da analise de quais atividades podem contribuir para melhores condições de convivência com o Seminário, principalmente nos períodos de seca prolongada que são característicos da região.
“As tecnologias que são mostradas no SemiáridoShow, se imagina que são o que os agricultores do semiárido poderiam estar visualizando, conhecendo e podendo levar para suas propriedades, então eles visitam a área têm o contato com as tecnologias, coisas mais simples e coisas mais complexas que eles precisariam talvez lutar para que algumas políticas pudessem chegar aos seus municípios... Além de visitar toda a feira eles poderiam estar participando de alguns mini-cursos e palestras para aperfeiçoar um pouco mais os seus conhecimentos”. Salientou.

José Nilton destaca que a escolha dos temas abordados nos mini-cursos partem da demanda das edições anteriores e da necessidade de trazer temas novos que estejam relacionados com os de maior procura “Tem temas que a gente tem visto que nas edições anteriores tiveram uma procura muito grande então a gente retoma a eles, por outro lado tem alguma coisas que são novidade. Então a escolha é baseada na demanda dos eventos passados ou algumas novidades que a gente acredita que as pessoas vão estar interessadas e por isso vão participar”. Afirmou.

Durante os quatro dias do evento também acontecem atividades, como apresentações culturais, vitrines tecnológicas, exposições de publicações científicas da Embrapa e de outras instituições de pesquisa e o espaço da economia solidária. A entrada é gratuita e os interessados podem ter acesso à programação completa do evento através site www.semiaridoshow.com.br.

 Por Ingrid Jéssica 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Programa Arca das letras Será lançado no SemiáridoShow 2013 e deve alcançar comunidades rurais do interior da Bahia



O lançamento do programa Arca das Letras será no próximo dia 30, durante a realização do SemiáridoShow 2013 que acontece entre os das 29 de outubro e 01 de novembro. A proposta do projeto é desenvolver atividades formativas para moradores da Zona Rural, através da leitura, inicialmente as comunidades recebem um acervo de mais de 200 livros sendo que uma parte deles aborda temas de seu interesse.
 
O Programa é realizado com a colaboração de moradores das comunidades em todas as etapas, desde a organização de reuniões que discutem o formato ideal da Biblioteca para o local, sua função social, cultural, administração de empréstimos e arrecadação de livros para o acervo.

Os agentes de leitura são indicados pelas comunidades e trabalham de forma voluntária, sendo responsáveis por promover ações de incentivo à leitura, além disso, eles formam outros agentes ensinando suas atribuições para as famílias e amigos, com intuito de tornar a gestão da Biblioteca um ato coletivo.

O Arca das Letras existe desde 2003 e tem alcançado comunidades de todo o país, e agora será lançado regionalmente, para as comunidades acompanhadas pelo Irpaa (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada). A iniciativa partiu de colaboradores da instituição que ao se deparar coma necessidade dos livros para dar continuidade às atividades educativas que desenvolviam solicitaram o benefício, e a partir deste momento passaram a cadastrar as comunidades interessadas no programa.

Atualmente são instaladas, em média, três Bibliotecas por dia nas áreas rurais. A ação faz parte do programa Nacional do Livro e Leitura, coordenado pelos Ministérios da Educação e da Cultura juntamente como uma rede de parcerias, formadas por órgãos públicos, instituições não governamentais, movimentos sociais, escolas, editoras, livreiros, artistas, intelectuais, escritores e a população urbana em geral.

De acordo com uma das colaboradoras do Irpaa, Alaíde Régia Sena, durante o evento, mais de trinta agentes de leitura de Juazeiro e Canudos serão cadastrados e capacitados para desenvolver o projeto em suas comunidades.
 
Para participar do projeto os interessados devem se organizar juntamente com a comunidade, preencher a ficha de cadastro que pode ser adquirida com um dos representantes do Irpaa ou online e construir a arca padrão do programa, o cadastramento é gratuito e o benefício é recebido após a construção do móvel que deve ficar em um local acessível para toda comunidade integralmente.
  

A primeira entrega de livros será na comunidade de Cacimba do Silva, em Juazeiro, e, de acordo com Alaíde, a comunidade está “aguardando esse momento ansiosamente, dá pra perceber o entusiasmo deles... Eu acho isso muito bom por que estimula as demais comunidades”, ressalta.

 Para Alaíde Sena, o encontro no SemiáridoShow é essencial para dar celeridade ao desenvolvimento do projeto. “Essa formação será para os agentes de leitura que já foram estabelecidos nas comunidades, sendo que algumas já estão com suas Arcas construídas. Essas devem receber mais de 200 livros com temas de seu interesse”, Afirma.


Texto: Ingrid Barbosa

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DIA DAS CRIANÇAS COM FESTA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM JUAZEIRO-BA




Em todo o Brasil, durante o mês de outubro, as atenções são voltadas para os baixinhos, festas e Em Juazeiro não poderia ser diferente, no último dia 12 de outubro, ocorreu na orla nova o ‘Criança na Orla’, festividade em comemoração ao dia da criança. A festa reuniu pais e crianças de todas as idades para um fim de tarde de diversão, cultura e ações sociais. Presentes são itens que não podem faltar no mês delas.

A programação contou com a animação de palhaços, Dj, e várias apresentações artísticas como o grupos infantis de Maculelê e Hip-Hop que fazem parte do Projeto Mais Educação. A programação também contou com a participação do NAEND´A - Núcleo de Arte Educação Nego D'água que apresentou os projetos de Percussão e Dança Afro e a Banda Filarmônica infantil. Encerrando a programação a Orquestra Pedro Biloto.
Banda Sinfônica  infantil do NAENDA 

O evento também ofereceu gratuitamente serviços de saúde para a criança e o bebê, como testes do pezinho e vacinas. O projeto Criança na Orla foi uma realização da Prefeitura Municipal de Juazeiro.

Por: David Werson / fotos: David Werson

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

'A música foi o que Deus colocou em minha vida'



Músico juazeirense encanta com o som da sanfona

Autodidata, apaixonado pela música, conquistado pelo som da sanfona do mestre Luiz Gonzaga e seguindo o exemplo do pai, o juazeirense Silas Souza, 18 anos, iniciou a sua carreira na música ainda criança, quando com dez anos começou tocando a gaita que pegava escondido do seu pai, mas dentre todos os instrumentos, foi o som da sanfona conquistou seu coração.

A paixão iniciou quando ouviu no som do carro do seu tio um CD de Luiz Gonzaga, foi amor, assim classificou Silas quando ouviu o instrumento pela primeira vez.  “Peguei o CD do meu tio emprestado e até hoje não devolvi”, conta.  

Ouvindo o som todos os dias, mesmo sem frequentar nenhum escola, sem ter tido nenhum professor, a vontade de tocar o instrumento só aumentava e iniciava assim a luta para conseguir uma sanfona. “Eu fiquei com tanta vontade de aprender a tocar sanfona que eu disse: mainha se a senhora me der a sanfona eu já sei tocar”, lembrou. 

O instrumento é caro, a família não tinha condições de comprar, porém, avó possuía uma que estava parada, então resolveram trocar por um teclado, apesar de não ter uma qualidade muito boa, mas foi nela que tocou as primeiras notas, já que, a intuição de Silas em já saber tocar antes mesmo de conhecer o instrumento não era falsa, após um mês, já conseguia tocar músicas com um auto grau de dificuldade, no segundo mês já subia ao palco para tocar com o sanfoneiro da região Targino Gondim, no dia municipal da sanfona. Apesar de não ter professor, a buscar pelo conhecimento da música sempre fez parte do dia a dia de Silas.

Além de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e os Novos Baianos fazem parte da lista de referência do músico, Silas conta está orgulhoso que é honrado em fazer parte dessa nova geração que vem para representar a cultura nordestina. “É uma responsabilidade  e uma gratificação imensa está representando a cultura nordestina, levando o nome do Brasil, por que nordeste é Brasil”, ressaltou.

Apesar das referências na músicas, o jovem também possui referencias na vida, seus pais e irmão, que sempre apoiaram a sua escolha.  “Aqui em casa um projeto de um é de quatro, todos somos unidos. O apoio dos meus pais foi fundamental, Eles sempre me mostrando o caminho, indo comigo. A música foi o que Deus colocou em minha vida, colocou mesmo por que eu sou apaixonado por ela”, finalizou. 

Por Clêilma Souza

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O abandono das antigas estações da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco preocupa a população Juazeirense

  
  A Estação Ferroviária do São Francisco foi incorporada à Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB) no século 19. Estrategicamente construída, ela atribuía a linha para atenuar a economia da região Nordeste, em especial as produções agrícolas.
     
Após sua desativação, que aconteceu a mais de duas décadas e sem qualquer projeto de restauração, a casa de trem passou a servir como painel para cartazes de anúncio e abrigo para moradores de rua. O monumento que representaria a memória da cultura regional passou a ficar apenas na lembrança dos moradores que se incomodam com o abandono dos prédios.
O aposentado Sérgio Carvalho de Oliveira, 57 anos relata experiências, que viveu na época em que os trens passavam no bairro onde ele morava, ele também discorre sobre a importância da conservação dos prédios para a conservação da história da Cidade. 



“Antigamente era ‘luxoso’ quem andava de trem, tinham as poltronas todas com estufado, tudo arrumadinho, era bonito! Movia a economia local com a exportação de muita coisa, principalmente das produções da terra. Antes as coisas iam, mas hoje em dia se acabou e tudo foi se perdendo”, destacou.

   Uma das situações que deixa os moradores inseguros é o número de usuários de drogas que costumam ocupar os prédios à noite. Paulo Roberto Cunha mora no Bairro João XXIII há 30 anos e afirma que se sente incomodado com a situação atual da Estação. Para ele a restauração do espaço é importante para a preservação da história da cidade. “Isso faz parte da memória da cidade, é a nossa história e agora está sendo um acolhimento para pontos de prostituição e usuários de drogas”, declarou.
Os Moradores dos bairros próximos à Estação Ferroviária de Juazeiro, reclamam de problemas como falta de iluminação e vigilância nas redondezas dos prédios, que segundo eles, são causados pela falta de revitalização do local que não tem nenhum tipo de reforma desde sua desativação, o que traz conseqüências não só para quem reside nas proximidades como também para as outras pessoas que circulam por lá.

De acordo com informações da secretaria de cultura do município, ainda não foi desenvolvido nenhum projeto direcionado à Estação Ferroviária por que a própria não é legalmente patrimônio municipal. O processo segue em andamento em âmbito federal, no qual a Prefeitura de Juazeiro solicita  a posse desse e de outros  monumentos também considerados importantes para a população, por este motivo, somente após a decisão judicial as medidas cabíveis deverão ser tomadas com o objetivo de manter preservado o patrimônio cultural da população Juazeirense.

Por Ingrid Barbosa